quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Poesia sem estrutura I


Apenas o frio. Estou falando do frio do silêncio. O frio do medo. O frio da solidão. O frio que é convidativo. O frio que é alarmante. O frio que acalma. O frio que agita. O frio que aluciana. 
Odeio o frio. Mentira. Amo o frio.
Não. Não o amo.
Eu não amo nada. Mentira. Eu amo as coisas.
Eu não amo ninguém. Mentira. Eu ainda amo alguém.
Não. Não o amo mais. 
Conheci alguém. Mentira, já conhecia. Mas talvez comece a amá-lo.
Provavelmente não. Que nada. Não preciso amar ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário