No olhar deprimente
O sorriso sarcástico
Teu corpo despido
É esse sonho irreal
Atitude fatal
Substância letal
É esse teu corpo nu
Ouço um gemido
De prazer ou de dor
Teu cheiro inalado
É esse sonho sonhado
Num mundo largado
De lado deixado
Por um pouco de amor.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
Bom é quando faz mal.
Odeio os homens. Não! Eu amo os homens.
Não!
Amor é uma palavra muito forte. Eu apenas gosto dos homens.
Os admiro. Algumas vezes não. Na maioria sim.
Os homens me deixaram assim. Até melancólica por vezes.
Vivo minha vida sossegada. Tenho quem eu amo por perto.
Mas sendo honesta... Sou até um pouco infeliz.
Foram os homens. A culpa é deles. Mentira. A culpa é minha!
Garotos masoquistas. Garotos narcisistas. Garotos inteligentes.
Garotos idiotas. Garotos falsos. Garotos de todos os jeitos.
Garotos que de uma forma ou de outra demonstraram que não gostavam de mim.
No fundo, a culpa não é deles. A culpa é só minha.
Não. A culpa não é de ninguém.
Mas isso é segredo. Sempre é preciso por a culpa em alguém.
É como o bom, que faz mal.
É como o bom, que faz mal.
Come together?!
Ela me mata. Mas se for assim, quero morrer.
Todos me abandonam. Ela jamais.
Todos somem por vezes. Ela nunca.
Todos me esquecem. Ela? Não tenho certeza. Talvez esqueça. Não me importo.
Mentira. Me importo sim. Talvez apenas suporte. Isso, eu suporto!
Ah, minha água doce! Largo tudo por ti!
Todos me abandonam, eu eu abandono todos!
Tú me matas aos poucos.
Mas se for assim, quero morrer lentamente.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Música, prosa e poesia
...
Frias tardes de outono,
As folhas secas pelo chão.
Ainda me lembro dos amores,
Dos temores e das paixões.
Sentimentos verdadeiros,
Passageiras ilusões,
Fantasias que se criam
Na passagem dos verões
No céu brilha uma estrela
Que me leva a buscar
Um alguém que eu procuro
E que desejo encontrar.
(...)
Poesia sem estrutura I
Apenas o frio. Estou falando do frio do silêncio. O frio do medo. O frio da solidão. O frio que é convidativo. O frio que é alarmante. O frio que acalma. O frio que agita. O frio que aluciana.
Odeio o frio. Mentira. Amo o frio.
Não. Não o amo.
Eu não amo nada. Mentira. Eu amo as coisas.
Eu não amo ninguém. Mentira. Eu ainda amo alguém.
Não. Não o amo mais.
Conheci alguém. Mentira, já conhecia. Mas talvez comece a amá-lo.
Provavelmente não. Que nada. Não preciso amar ninguém.
sábado, 21 de agosto de 2010
O Trabalho, a Vida e a Comida
Já deviam ser umas 7 h da manha, quando me acordei som o sol entrando pela minha janela. A minha mão direita ainda estava dentro da calcinha. Na noite anterior me masturbei até pegar no sono, não que o Julho não fosse bom o suficiente, mas ontem eu não queria vê-lo.
Julho mora há duas quadras da minha casa, ele é gente boa, conversamos sobre quase tudo, mas sempre, sempre acabamos na cama. Eu simplesmente não resisto. Tinha só 17 anos quando o conheci. Forte, corpulento, ele me satisfaz. Nós teriamos uma relação de irmão se não fosse o sexo. O seu único defeito é fumar. Sempre digo que ele vai morrer antes, por causa disso. Mas sempre acabo fumando junto com ele.
Droga! pensei.
Saí correndo pro chuveiro, iria me atrasar pro trabalho -de novo-, e nesse eu precisava caprichar, era o 5º em 3 meses.
Me vesti rapidamente com um jeans justo, uma camisa brance e um colete por cima; ah, preciscava enfrentar um salto, (eu odeio salto- isso até me torna menos feminina). É que eu trabalho como secretária numa clínica odontológica, que fica no centro da cidade, por isso utilizo de condução. Tive de correr pra não perder o ônibus, que já estava entulhado de adolescentes cheirando a perfume doce, e vestidos de uma forma ridícula. Pô, é um complô ou um pacto essas calças coloridas? Cadê a noção de moda desses jovens?
Enfim, saltei no meu ponto, e andei 3 quadras à pé. No último verão prometi a mim mesma que iria comprar um carro, mas não consegui parar em um emprego só, desde então, e a fincanceira ainda não liberou o crédito necessário.
Cheguei na clínica faltavam dois minutos para começar meu expediente, e nem café eu havia tomado, Meu chefe já estava na sua sala, quando comecei a analisar a papelada do dia. O Dr Carlos, não é um cara bonito, mas é atraente e me seduz com aquele sorriso perfeito, e um olhar muito profundo, se ele não fosse meu chefe só há uma semana, acho que seria capaz de agarrar ele. Mas nesse dia especialmente, eue stava muito excitada. Minhas pernas tremiam. Um, dois, cinco os pacientes da manhã. Pronto hora do almoço, mas nesse dia resolvi entrar numa dieta.
Fui até a sala do Dr. Carlos, tranquei a porta, me aproximei dele, e sem dizer nenhuma palavra, beijei-lhe os lábios. E fodemos ali mesmo.
Acabou o horário de almoço, nos vestimos e a tarde seguiu como de costume. Às 17 h, fim de expediente, eu e Dr, Carlos saímos juntos, falamos sobre trabalho e nada mais.
Ele é casado, e eu tenho um gato pra amar.
Julho mora há duas quadras da minha casa, ele é gente boa, conversamos sobre quase tudo, mas sempre, sempre acabamos na cama. Eu simplesmente não resisto. Tinha só 17 anos quando o conheci. Forte, corpulento, ele me satisfaz. Nós teriamos uma relação de irmão se não fosse o sexo. O seu único defeito é fumar. Sempre digo que ele vai morrer antes, por causa disso. Mas sempre acabo fumando junto com ele.
Droga! pensei.
Saí correndo pro chuveiro, iria me atrasar pro trabalho -de novo-, e nesse eu precisava caprichar, era o 5º em 3 meses.
Me vesti rapidamente com um jeans justo, uma camisa brance e um colete por cima; ah, preciscava enfrentar um salto, (eu odeio salto- isso até me torna menos feminina). É que eu trabalho como secretária numa clínica odontológica, que fica no centro da cidade, por isso utilizo de condução. Tive de correr pra não perder o ônibus, que já estava entulhado de adolescentes cheirando a perfume doce, e vestidos de uma forma ridícula. Pô, é um complô ou um pacto essas calças coloridas? Cadê a noção de moda desses jovens?
Enfim, saltei no meu ponto, e andei 3 quadras à pé. No último verão prometi a mim mesma que iria comprar um carro, mas não consegui parar em um emprego só, desde então, e a fincanceira ainda não liberou o crédito necessário.
Cheguei na clínica faltavam dois minutos para começar meu expediente, e nem café eu havia tomado, Meu chefe já estava na sua sala, quando comecei a analisar a papelada do dia. O Dr Carlos, não é um cara bonito, mas é atraente e me seduz com aquele sorriso perfeito, e um olhar muito profundo, se ele não fosse meu chefe só há uma semana, acho que seria capaz de agarrar ele. Mas nesse dia especialmente, eue stava muito excitada. Minhas pernas tremiam. Um, dois, cinco os pacientes da manhã. Pronto hora do almoço, mas nesse dia resolvi entrar numa dieta.
Fui até a sala do Dr. Carlos, tranquei a porta, me aproximei dele, e sem dizer nenhuma palavra, beijei-lhe os lábios. E fodemos ali mesmo.
Acabou o horário de almoço, nos vestimos e a tarde seguiu como de costume. Às 17 h, fim de expediente, eu e Dr, Carlos saímos juntos, falamos sobre trabalho e nada mais.
Ele é casado, e eu tenho um gato pra amar.
O que é ser "normal"?
Segundo a sociedade em que vivo, dias de estresse, correria e desigualdade, ser normal significa "seguir o que a sociedade propõe". Usar calças coloridas, ter músicas do restart no ipod, cortar o cabelo com navalha, usar uma franja lambida pro lado, usar aquelas mochilas da company cor-de-rosa ou verde limão. Isso é ser normal, é passar horas na frente do PC, no msn.. É deixar de beber com os amigos, é não assistir mais a filmes, é ter uma rotina.
A sociedade julga errado, a sociedade molda.
Vejo cenas que são revoltantes, pais proibem seus filhos de ouvir Rock'nRoll, mas os deixam ouvir Emocore, proibem de usar camisetas do Iron Maiden, mas compram calças coloridas, proibem seus filhos de ir a um show do Motorocker, mas compram ingressos pro Luan Santana.
Mas se for pra ser assim, prefiro ser vista como a "estranha" do que ter que aderir à essas modinhas. Não largo mão da camisetas de banda, nem do som pesado no ipod. Isso caracteriza como Eu sou. E não vou mudar. Nunca.
Naquela manhã eu acordei realmente puta. Revoltada. Olhei para o meu quarto e o desânimo foi ainda maior, havia um cara deitado na minha cama, eu nem sabia o nome dele. Analisei todos os detalhes, o quarto era o meu, minhas roupas jogadas num canto, as coisas que estavam sob meu balcão, agora estavam jogadas no chão. Observei o cara que estava dormindo ao meu lado, ele era bonito, devia ter uns 20 e poucos, jovem um físico invejável, mas um detalhe me deixou pensativa: ele estava usando meias, as minhas meias!
Pensei comigo mesma, "Eu sou uma mulher madura, uma jornalista premiada e de sucesso, e não trasei com um cara que usa meias durante o sexo, ainda mais meias me mulher", devo estar sonhando, foi a única solução.
Mas eu não estava.
Levantei calmamente, fui até a cozinha preparar um pouco de café, comecei a pensar como havia sido a noite anterior, eu geralmente lembrava de tudo na manhã seguinte, mas dessa vez tudo estava meio, como posso dizer, confuso.
Nem fiz muito esforço para lembrar,e também, sou uma mulher independente, tenho a minha casa, meu carro, minha vida, durmo com quem eu quiser.
Mas só uma coisa ainda me perturbava, porquê diabos o carinha fazia sexo de meias?
Pensei comigo mesma, "Eu sou uma mulher madura, uma jornalista premiada e de sucesso, e não trasei com um cara que usa meias durante o sexo, ainda mais meias me mulher", devo estar sonhando, foi a única solução.
Mas eu não estava.
Levantei calmamente, fui até a cozinha preparar um pouco de café, comecei a pensar como havia sido a noite anterior, eu geralmente lembrava de tudo na manhã seguinte, mas dessa vez tudo estava meio, como posso dizer, confuso.
Nem fiz muito esforço para lembrar,e também, sou uma mulher independente, tenho a minha casa, meu carro, minha vida, durmo com quem eu quiser.
Mas só uma coisa ainda me perturbava, porquê diabos o carinha fazia sexo de meias?
Apenas o Vazio
Noites de um inverno vazio. Vejo minha doce solidão que me acalenta. A bagunça do único ambiente que chamo de meu, é convidativa. O álcool no meu sangue já não produz o mesmo efeito de antes.
O pôster na parede traduz o sorriso sarcástico de Paul. E a poeira nos móveis, ah está apenas me lembra quão velha estou ficando. Os belos ursos sorridentes, ensacados sob o guarda-roupas, o violão num canto, há tempos não o toco, a saudade é grande, mas a acomodação é maior. Vejo tantos textos que ora escrevi, mas hoje não mostram nada que se enquadre ao meu psicológico jovem, porém abalado.
A cada dia percebo que venho perdendo a sensibilidade. Não choro mais como antes, não aprecio o sol poente, não sinto o perfume das flores. Apenas existo. E corro. Meu ônibus não me espera, preciso me apurar.
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