Enquanto corria, pude ouvir os sons emitidos pelo Lobo, sempre eufórico e agressivo. Eu precisava sair, ir lá fora, olha a Noite, mas algo me aprisionava dentro de casa, dentro de mim. Na verdade eu não queria sair, o lugar onde eu estava era mais seguro. Mais aconchegante. Mas assim mesmo, eu fui, precisava verificar se os portões estavam devidamente fechados, eu levava o Freud*, só por precaução. Então notei que a rua estava completamente vazia. Deserta. As luzes nos postes piscavam com freqüência, uma rua tão pacata. As arvorezinhas enfileiradas me lembraram um filme americano. Aquela rua, aquela cidadezinha do interior - com pose de cidade grande, mas assim mesmo provinciana - poderia ter sido cenário de um crime. E o dia seguinte poderia ser o dia que L.s não viu nascer. Nada como uma noite quente e vazia para nos encher de idéias. Fechei o portão que faltava. E, uma coisa me chamou a atenção, havia luzinhas de Natal numa das casas da vizinhança. Diabo! Eu nunca havia reparado em como elas se tornam tão irritantes numa noite vazia e quente. Aí, voltei correndo para dentro de casa, pude ouvir os latidos do Lobo, mas aqui dentro, é mais seguro!
Precisava de um banho. A água estava quente, mas eu nem liguei. Algumas partes do meu corpo doíam, mas eu não me importava. Ao fundo, podia ouvir meu irmão tocando guitarra, ao som de Cannon Rock. A única coisa que eu sentia era o gosto de amendoim na garganta. Parece que meu organismo não reage muito bem após diversas paçocas.
Debaixo do chuveiro, agora ouvindo apenas o som da água batendo em meu corpo e a minha profunda respiração. Pensava em arte, música e filosofia. Ah! Mal poso expressar, me senti tão feliz ao ver meu rosto espinhento e meu cabelo cacheado, porque alem disso, meus olhos, que eram pura arte, música e filosofia! Após o momento narcizista, só pensei em Kant. Pobre Kant, que fez tanto por nós e muitos só lembram que ele impossibilitou a metafísica. Mas quem se importa com metafísica e Kant, quando se pode pendurar luzinhas na janela. Malditas luzinhas. Só eu sei o quanto elas tem o poder de me irritar.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Just sometimes
Só posso sentir o frio,
E no espelho, reflete apenas a solidão.
No escuro deste quarto, só me resta o vazio.
Nada, nada além de um coração,
Um coração que insiste em continuar a bater...
Já não posso controlar,
Ouço os teus passos, e isso me angustia.
Tenho medo de ti,
Ó solidão que me confina
Vejo as tuas feições,
Mas é escura a tua retina,
E não posso evitar,
Minha pele arrepia, meu coração pulsa em imaginar,
É você que desejo, é você que procuro,
E, num instante, ouço um som que me alucina,
Vejo o vulto que me assusta,
E de repente,
Volta apenas o vazio novamente.
No escuro deste quarto, só um coração que insiste em bater.
Piece of My Heart
Eu adoro essa menina.
(Leia nas entrelinhas, olhe através dos olhos dela e você vai amá-la também)
O vento selvagem já está soprando
A dor se tornou insuportável
Um dia eu vou ter você aqui comigo
Porque eu preciso disso, e "Eu quero tentar fazer você a pessoa mais feliz do mundo"
(Escrito de um amigo, que eu realmente amo!)
(Leia nas entrelinhas, olhe através dos olhos dela e você vai amá-la também)
O vento selvagem já está soprando
A dor se tornou insuportável
Um dia eu vou ter você aqui comigo
Porque eu preciso disso, e "Eu quero tentar fazer você a pessoa mais feliz do mundo"
(Escrito de um amigo, que eu realmente amo!)
Balão de Chumbo, alcool, e outras coisas mais.

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